Direto das ruas do Rio de Janeiro para as galerias mais bombadas do mundo, Maxwell Alexandre é o artista que faz da periferia seu grande palco.

Com uma pesquisa de cores bem pensada e alma de quem vive o corre, ele pinta o cotidiano de corpos negros, cultura de rua e resistência, sempre com aquele quê de poesia plástica. E o mais interessante? Ele usa papel pardo como base, um material que acaba tornando seus suportes conceituais pelo nome e o debate racial que ele empenha.
Maxwell não tá aqui pra brincadeira. Ele é o criador do movimento Pardo é Papel, uma resposta contundente à exclusão histórica de artistas negros nos espaços de arte. Suas obras ocupam os cubos brancos das galerias e, ainda, desafiam diretamente as estruturas de poder que determinam quem merece estar ali. É um grito político que escancara desigualdades e afirma: “Estamos aqui, com nossas histórias, nossas vozes e nossa potência cor.”

Numa época em que a arte muitas vezes parece desconectada da realidade, Maxwell traz uma pancada de autenticidade. Ele mostra que pintar não é só sobre estética, mas sobre identidade, luta e pertencimento. É aquele tapa na cara necessário, sabe? A arte dele é tipo um remix de cultura de rua com consciência social, e tá aí pra lembrar: arte é resistência, e resistência é tudo que a gente precisa agora.

Maxwell Alexandre já deixou de ser promessa e virou um dos grandes nomes da arte contemporânea global. Em 2020, ele foi reconhecido como um dos três artistas do ano pelo prestigiado Global Art Advisory Council do Deutsche Bank, além de entrar na lista dos 35 artistas de vanguarda emergentes do portal Artsy. Reconhecimentos desse nível só confirmam o impacto cultural e político que sua obra carrega.
Seu trabalho atravessa fronteiras e está presente em algumas das coleções mais importantes do Brasil e do mundo, como a Pinacoteca de São Paulo, o MASP, o MAM-RJ e o MAR. Fora do país, suas obras estão no Musée d’Art Contemporain de Lyon e no Perez Art Museum, em Miami. Essa presença internacional não é só sobre representar o Brasil, mas também sobre colocar a negritude e as periferias no centro do discurso artístico global. Maxwell tá reescrevendo as regras de quem pode ocupar esses espaços – e tá fazendo isso da maneira mais consciente possível!

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