Alguma vez você já se pegou dizendo “ os livros são minha terapia” ou algo do gênero? Bem, saiba que não estava tão longe da verdade. A prática da biblioterapia, que se resume a basicamente usar a leitura como ferramenta de cura e autoconhecimento, está cada vez mais em alta, e olha… faz todo o sentido. Afinal, quem nunca se sentiu abraçado por um personagem específico ou achou uma resposta inesperada entre parágrafos sublinhados às três da manhã? 

A ideia é simples (porém genial): usar livros como medicação. Mas calma, não é aquela bula interminável que dá dor de cabeça só de pensar. A dose aqui vem em capítulos. O remédio, às vezes, pode ser um romance que faz você rir alto no metrô, um conto que traduz sua angústia melhor do que você jamais conseguiria postar no X, ou até mesmo uma poesia que te dá aquele empurrãozinho pra acreditar que “vai ficar tudo bem” (mesmo que o boleto da faculdade esteja gritando na sua mochila).

E o melhor é que esse tratamento não tem efeito colateral — tirando, talvez, a mania de acumular pilhas de livros na cabeceira, ou sair sempre com seu Kindle dentro da bolsa. Fora isso, a leitura funciona como um espelho, uma janela e até uma portinha secreta. Nós utilizamos dela para nos enxergar, observar o mundo e às vezes até para fugir dele.

Não é à toa que a biblioterapia virou tendência: estando em uma sociedade em que a internet é o lugar onde tudo acontece, mergulhar em uma narrativa é quase um detox emocional. É desacelerar sem precisar fazer yoga às seis da manhã ou tomar chá de camomila orgânico colhido à luz da lua (nem sei se isso existe, mas deve funcionar).

Então, da próxima vez que alguém perguntar qual tratamento você está fazendo, experimente responder: “Estou em biblioterapia. Minha dose semanal? Dois capítulos antes de dormir, um romance de vez em quando e, em casos de crise existencial, reler O Pequeno Príncipe.” Vai soar charmoso, cult e, claro, muito mais divertido que admitir que você maratonou três temporadas daquele reality show em um fim de semana.

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