Verão, Cousins, dois irmãos, dois amores, uma garota e um triângulo amoroso… Não precisa de muito para entender a narrativa de O verão que mudou minha vida, mas por que uma série adolescente, inspirada em uma trilogia de livros da autora Jenny Han, fez que com que mulheres entre 20 e 30 anos ao redor do mundo se unissem e torcessem como se fosse Copa do Mundo?

A série da Prime Videos,  lançada em 2022 e baseada na trilogia O verão que mudou minha vida, conta a história de Belly Conklin, que passa o verão na praia de Cousins com sua mãe, a melhor amiga e seus dois filhos desde muito pequena.  Ao completar 16 anos o verão se torna uma época de descobertas, romance e um triângulo amoroso entre Belly e os irmãos. 

Foto: Divulgação/Prime Videos

Apesar de muitas adaptações literárias nunca fazerem jus às palavras escritas no papel com tanta maestria, a trama televisiva explora e aprofunda a questão dos primeiros amores, amizades e amadurecimento de Belly, que se vê dividida entre os sentimentos por Conrad – seu primeiro e, talvez, único amor – e a proximidade com Jeremiah.

Depois de três temporadas em que Conrad sofre por Belly e Jeremiah surge como um ombro que quer ser mais do que amigo, a série lançou seu último episódio na quarta-feira (17/09). ALERTA DE SPOILER: Belly encontra seu final feliz com Conrad em Paris, depois de cancelar seu casamento com Jeremiah e passar um ano longe de casa.

Foto: Reprodução/Pinterest

Mas não é só isso que faz as mulheres jovens adultas sofrerem, comemorarem e mergulharem nessa narrativa romântica. A série conseguiu fazer com que uma grande parcela da sociedade feminina torcesse pelo irmão mais velho, recluso, que faz terapia por ela, se declara por cartas e, em uma sala cercada por arte, vê Belly como óleo sobre a tela.

Jenny Han sempre soube como conquistar o público. Como criadora, roteirista, produtora executiva – e grande fã da Taylor Swift – , ela sabia o que estava fazendo quando colocou Dress, da cantora, na cena do primeiro beijo de BellyConrad depois de 4 anos em que ele esperou por ela. 

Foto: Reprodução/Pinterest

Mais precisamente, ela entrou no imaginário daquelas que sempre sonharam um amor romântico: no episódio 5 da terceira temporada, quando durante uma viagem de carro, Belly dirige e Conrad está no banco do passageiro. Há um silêncio tenso, eles conversam sobre os planos de Belly para a pós-graduação, e Cherry do Harry Styles toca ao fundo durante toda essa conversa. 

“Não chame ele de amor/ Não estamos nos falando ultimamente/ Não o chame como você costumava me chamar.” Um simples verso, mas carregado de significado para toda a narrativa permeada de anseios.

Foto: Reprodução/Pinterest

Além de todas essas nuances que fizeram a série superar os livros, a cinematográfica se torna semântica que amarra todas as histórias em uma só. A amizade da mãe da Belly com a mãe dos meninos é tão significativa quanto o amor romântico. As filmagens são tão emblemáticas quanto às declarações e os amores adolescentes. 

Foto: Divulgação/Prime Videos

Em um copilado de paixões, amizades, praias, areias sob os pés, Gracie Abrams, Taylor Swift, Harry Styles, Je te laisserai des mots e Fleetwood Mac, a obra seriada faz jus ao nome O verão que mudou minha vida

O verão que mudou a vida de Belly, Conrad e Jeremiah e de muitas mulheres que se apegaram a história desses três adolescentes, que fala muito mais do que apenas de vivências amorosas: fala das experiências de quem já amou alguém, muito além do amor romântico.

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