Para o mundo da música e da beleza, 2016 foi um ano revolucionário. É impossível ouvirmos “Sorry” do Justin Bieber, e não ser transportado para uma era onde as sobrancelhas eram marcadas, os cut-creases estavam sempre bem feitos e os lábios estavam sempre bem contornados.
Surfando na onda da nostalgia e na contramão da estética clean girl, marcas icônicas souberam jogar o jogo do hype. A Anastasia Beverly Hills, por exemplo, resgatou um verdadeiro objeto de desejo: o lendário Dipbrow Pomade. E não parou por aí, Kylie Jenner acendeu novamente o radar das beauty lovers ao postar no TikTok um vídeo testando seus clássicos lip kits, aqueles com cores improváveis que marcaram uma era e voltaram direto para as wishlists.
A exaustão que a beleza perfeita e minimalista causou, fez com que a gen Z olhasse com mais apreço para eras antigas da beleza, ansiando colocar mais cores em suas maquiagens e fugir da “simplicidade” da estética refinada que ganhou popularidade na pandemia. 2016 foi um ano que onde diversas referências para os amantes de maquiagem e beleza explodiram nas redes sociais com seus tutoriais e reviews, como por exemplo: Nikkie Tutorials, James Charles, Jeffrey Star, Bruna Tavares, Bianca Andrade (Boca Rosa) e Mari Maria.
Por isso, revisitar essa era como forma de subversão, revela que nossa geração busca trazer de volta o tempo em que nada era mascarado. Antes, as influenciadoras mostravam todo o passo a passo, muitas vezes trabalhoso, para alcançar o look perfeito. Hoje, porém, a narrativa predominante é a de que não há esforço algum para atingir a estética clean girl, por exemplo, quando na realidade, o trabalho continua existindo e, em muitos casos, torna-se ainda mais difícil.
Com isso, o objetivo principal é fugir do básico e voltar as cores e as maquiagens marcadas, nada de simplicidade mascarada.

Deixe um comentário