A indústria da beleza exige – além de uma boa gestão – novidades constantes para se manter relevante no mercado: novas combinações de ativos, fragrâncias inusitadas, texturas curiosas…

Mas como cativar um público cada vez mais impaciente e sedento por lançamentos excêntricos? Vendendo sua marca! 

(Foto: Divulgação)

Hailey Bieber anunciou a venda da Rhode por US$1 bilhão na última quarta-feira, três anos após seu lançamento em 2022. O mesmo valor pelo qual a Pat McGrath Labs foi avaliada em 2018, também três anos após sua estreia – mas que hoje enfrenta uma baixa no valuation da marca que não pertence a nenhum grande grupo. E por que essa comparação? 

Ambas são marcas que dominaram a indústria já nos primeiros lançamentos, entretanto, a pressão por se reinventar sazonalmente tem um alto custo – não só de cifrões – mas também de sustentabilidade no mercado. E isso é uma via de mão dupla entre o viés artístico da direção criativa e uma boa equipe executora.

Na Rhode, o marketing e a produção caminham como aliados estratégicos da imagem de Hailey, talvez esse seja o verdadeiro produto.

Mais do que fórmulas inovadoras, o que se vende é o lifestyle meticulosamente embalado em vídeos minimalistas, embalagens pastéis e uma estética “clean girl” para o mainstream. Os produtos são bons, mas é a narrativa que os fidelizam.

(Fonte: Getty Image – Pat McGrath Labs)

A questão com a Pat McGrath Labs, tem sido a dificuldade da equipe em acompanhar a genialidade da própria criativa. A exemplo da Glass Skin 001 que levou 1 ano inteiro para chegar às prateleiras, neste meio tempo a internet já havia criado formas de reproduzir a pele de porcelana e estava buscando outra novidade. 

Vender uma marca para um grande grupo seria, então, a solução para manter a relevância primordial no mercado de beleza?

Deixe um comentário