Nova York ferveu na noite de ontem com a edição 2025 do Met Gala, um evento que transcende a moda e se estabelece como um palco para a arte que cobre o corpo. Sob o tema Superfine: Tailoring Black Style, o Metropolitan Museum of Art se transformou em uma celebração da alfaiataria e da rica história do estilo negro, com um toque inesperado: um tapete azul vibrante que contrastava, e talvez realçasse ainda mais, a profundidade e a sofisticação dos looks.

E se engana quem pensa que quem brilhou foram as Kims Kardashians . O nome da noite tem mais que história para contar, tem um legado: Diana Ross.

Após mais de duas décadas, o retorno de Diana Ross ao Met Gala não foi apenas uma aparição; foi uma declaração de poder, história e afeto. Em 2025, a icônica diva do R&B transformou o tapete azul-marinho em uma tela viva de sua própria narrativa, vestindo uma criação memorável do designer nigeriano Ugo Mozie.

Atravessando com a graça que só uma lenda possui, Diana Ross deslumbrou em um vestido longo branco, cravejado de cristais que cintilavam sob os flashes, complementado por um toque etéreo de plumas (Só Diana poderia usar plumas em 2025). Mas o verdadeiro coração do look residia na capa ou cauda majestosa que a acompanhava. Bordados delicados adornavam a peça, revelando os nomes de seus filhos e netos – uma homenagem íntima e emocionante à sua linhagem, transformando a moda em uma extensão de sua própria história familiar.

imagem: Getty imagens

A escolha de Ugo Mozie, um talentoso designer nigeriano, para assinar este momento de retorno triunfal, carregou um significado profundo dentro do tema do Met Gala 2025, “Superfine: Tailoring Black Style”. Ao optar por um artista negro, Diana Ross não apenas celebrou a criatividade e o talento africano, mas também ecoou a própria essência do tema, que busca valorizar a contribuição da comunidade negra para a história da moda.

E um detalhe que não passou despercebido e gerou discussões significativas: a capa adornada com os nomes de sua família foi carregada por homens brancos. Para muitos, este gesto transcendeu a mera estética, sendo interpretado como um ato simbólico de reparação histórica. Em um evento que celebra a elegância e a influência negra, a imagem de homens brancos servindo e elevando um símbolo da história e da família de uma mulher negra carregou uma poderosa mensagem sobre o reconhecimento e a inversão de papeis históricos de opressão.

A presença de Diana Ross, acompanhada de seu filho, irradiou uma aura de amor e legado. Seu look, meticulosamente pensado e carregado de significado pessoal e cultural, fez dela, inegavelmente, o nome da noite. Sua volta ao Met Gala não foi apenas um triunfo fashion, mas uma poderosa performance de identidade, família e um sutil, porém impactante, comentário social.

Diana Ross não apenas vestiu uma roupa; ela personificou uma história, deixando uma marca indelével que será lembrada por muitas edições do Met Gala. Sua capacidade de transformar um evento de moda em um momento de profunda conexão humana e significado histórico é, afinal, o selo de uma verdadeira lenda.

Entenda o Tema do Met Gala 2025

O Met Gala 2025, com o tema Superfine: Tailoring Black Style, buscou homenagear a profunda e duradoura influência da moda negra na cultura global. A celebração destacou a habilidade e a visão de designers, alfaiates e indivíduos negros na criação de estilos únicos e impactantes, explorando a história da alfaiataria como uma forma de expressão cultural, resistência e autoafirmação dentro da diáspora africana. O tema também abraçou a tradição do Black Dandy, onde a elegância e a atenção aos detalhes na vestimenta se tornam uma poderosa forma de identidade e orgulho.

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