Se existe alguém que sacudiu o design gráfico com pura ousadia, esse nome é Paula Scher. Quando ela assumiu a identidade visual do Public Theater nos anos 90, trouxe uma energia nova que até hoje inspira designers e criativos. Esqueça a seriedade tradicional: ela misturou letras gigantes, sobreposições e contrastes brutais que gritam por atenção.

Paula Scher com alguns de seus trabalhos ao fundo / Fonte: Hazlo

Em 2005, o Public Theater celebrou seu quinquagésimo aniversário. No mesmo ano, George Wolfe saiu e Oskar Eustis assumiu como diretor artístico. Como parte da campanha de aniversário da organização, a identidade visual foi redesenhada utilizando a fonte Akzidenz Grotesk. A palavra “theater” foi retirada da base do logotipo, enfatizando ainda mais o termo “Public” e destacando a organização como um todo, e não apenas um local específico (o prédio do teatro).

Logo do Public Theater criado por Paula Scher / Fonte: Pentagram

A grande sacada foi usar a tipografia como um manifesto, quebrando regras e tornando cartazes algo impossível de ignorar. Suas composições pulsavam como um grafite urbano, misturando influências do modernismo, do punk e da cultura pop. Cada peça transmitia energia, urgência e identidade.

Poster de musical Bring in ‘da Noise, Bring in ‘da Funk / Fonte: Pentagram

A campanha de 1994 para o musical Bring in ‘da Noise, Bring in ‘da Funk marcou uma revolução. As letras ocupavam todo o espaço, sem medo, criando um ritmo visual que refletia a batida do espetáculo. Essa abordagem deu um novo significado ao design teatral, tornando-o mais acessível e dinâmico.

A estética que ela criou para o Public Theater continua viva, sendo referência para novas gerações de designers do mundo todo até hoje. Paula Scher provou que tipografia é muito mais do que fonte e alinhamento — é atitude, expressão e impacto. Seu legado? Um mundo onde as palavras informam e, também, performam.

Compilado de trabalhos de Paula Scher / Fonte: Medium

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