Se você, assim como eu, cresceu acreditando que o jornalismo de moda era o seu lugar, que seria editora-chefe – desculpe, Pedro chefinho, não me demita – de uma revista de moda e estaria em todos os desfiles icônicos do mundo, bem, hoje a gente sabe que não é bem assim.

Eu poderia começar um discurso aqui sobre a decadência do jornalismo nas últimas décadas, mas, por favor, é fim de ano e esse tom não combina nada com as festividades. Por isso, ignorando toda a problemática profunda e política por trás da temática, me apego ao poder da nostalgia que me permite sonhar novamente: as revistas estão voltando!

Fonte: Pinterest

Com a popularização da internet lá nos anos 2000, as revistas físicas foram se tornando cada vez mais escassas. Afinal, quem ia querer ler algo no papel se podia fazer isso nas telas? Talvez esse fosse o pensamento de alguns anos atrás, mas hoje somos cronicamente online, ansiosos e saturados, o que nos faz ver na nostalgia o respiro que tanto buscamos das telas.

E essa revolta contra o bombardeio de informações é algo bem maior que uma tendência passageira – segura sua onda, Tik Tok. Está em todo lugar. Na moda, dá sinais com a reformulação do punk nas passarelas – Santa Vivienne Westwood, rogai por nós. Aqui no Brasil, surpreendeu a todos com a volta da versão física da Capricho, o que me coloca uma pulga atrás da orelha, pensando se demais revistas farão o mesmo.

De qualquer forma, seguimos. Talvez a história seja mesmo cíclica, para o mal e para o bem. Dito isso, mal posso esperar para folhear as páginas e fingir que estou em um filme dos anos 2000.

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