Não tem muito tempo que Antônia Frering lançou um livro com receitas, notas sobre como receber em casa e o que servir ao receber. E este é um livro com receitas e não de receitas, uma vez que, apesar da aparência, ela se ocupa em abordar todo o contexto em se decorar uma mesa e se preocupar com o cardápio.
E disso ela sabe bem, já que sua mãe redigiu verdadeiros dossiês sobre os jantares que sediava em sua casa nos anos 70 e 80. Antônia não viveu à sombra de seus pais, ela poderia, mas não o fez. Foi atriz, modelo e agora lançou esse livro com memórias carinhosas e ricas dicas e descrições sobre encontros com amigos e familiares.

Acontece que sua mãe, Carmen Mayrink Veiga, esteve entre as mais bem vestidas do Mundo, amicíssima de Givenchy, foi até citada na biografia de Yves Saint Laurent e foi estrela do meio social mais badalado do Mundo enquanto pisou na Terra. Casou-se bem, tinha berço, mas acima de tudo tinha muito senso estético, cultura e intelecto. O livro “Carmen & Antonia: Duas Gerações À Mesa” serve de transporte para quem gosta de deixar a imaginação levar longe através da leitura. Nós estamos mesmo, afinal, nesse movimento de saudosismo. Outro lançamento recente foi o livro que conta a história de Aimée de Heeren, nome famoso presente na lista das mais bem vestidas do mundo de algumas décadas atrás. Aimée, no caso, foi amante de Getúlio Vargas e amiga de Coco Chanel.
Em sua página do Instagram, Antônia se dedica, entre outros conteúdos, a “re-etiquetar” como ela mesma chama, costumes, práticas, eventos e afins. Tudo com toque moderno, atual, sem deixar de lado que não vivemos mais com tanta cerimônia.
Nós vivemos esse saudosismo, só podemos imaginar o que foi a vida dessas grandes mulheres que viveram grandes coisas, com grandes pessoas e grande fortuna, o que elas deixam de herança maior são as histórias e essas até os meros mortais conseguem acessar (se alguém contar).

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