Grupo L´Oréal se torna pioneiro ao anunciar seu mais novo programa de enfrentamento ao racismo no mercado de beleza de luxo brasileiro

(foto: reprodução/ L´Oréal Luxo)

O Grupo L´Oréal anunciou, no final de novembro, sua nova iniciativa para enfrentamento do racismo no mercado de beleza no território nacional. Fundamentado por dados da pesquisa Racismo no Varejo de Beleza de Luxo, feita em parceria com o Estúdio Nina, o Afroluxo chega com o objetivo de “transformar o mercado de luxo”, o qual, segundo a empresa, raramente vê o consumidor preto como alvo. 

Em um movimento tardio, mas mais do que necessário, o programa se estrutura em três pilares: transformar o negócio, empoderar o ecossistema e impactar positivamente a sociedade. Dentre as ações a serem realizadas, a promessa de ampliação do portfólio da Lancôme – marca número um de beleza de luxo no mundo, segundo o Grupo – aparenta ser promissora; a oferta de bases da linha Teint Idôle Ultra Wear, por exemplo, passará a ter 22 tons, oito a mais entre os 14 já existentes.

(foto: reprodução/ Lancôme)

O Pacto Afroluxo de Enfrentamento ao Racismo nas Lojas de Beleza de Luxo, também é exposto como uma proposta de peso. Segundo a marca, a medida visa aumentar a disponibilidade de produtos para pessoas pretas nos pontos de venda e garantir o letramento dos vendedores a respeito da inclusão e diversidade.

A pesquisa que pauta as ações do Afroluxo identificou 21 formas pelas quais o racismo se manifesta em lojas de beleza de luxo. De acordo com o estudo, 91% da população preta das classes A/B já sofreram preconceito por algum desses “dispositivos”.

(foto: reprodução/ Eduardo Kerges)

De auditorias anuais a protocolos de atendimento de luxo antirracista, o programa e suas ações possuem força, não apenas para criar um ambiente mais inclusivo, mas também para iniciar um movimento de modificação do mercado de beleza de luxo, influenciando outras marcas a seguirem o exemplo.


Não serão oito tons de base a mais que irão exterminar a problemática complexa que é o racismo, porém, atitudes com potencial amplo de ação, se efetivadas e bem desenvolvidas, podem ser o início de uma reestruturação do mercado para um espaço mais inclusivo e diverso.

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