Eu sei que você passa o dia todo numa correria doida, mal tem tempo de respirar, e quando finalmente chega em casa, o que te espera? Uma cadeira dura, um sofá que afunda demais ou aquela cama que já virou escritório improvisado. Convenhamos: você não tá vivendo, né? Tá sobrevivendo!
Mas aí eu te pergunto: você acha que sentar é só uma questão de dobrar o joelho e botar a bundinha no acento? – Isso porque nem vou comentar da sua pose na cadeira do computador… mas calma aí que seus problemas acabaram! Eu vou te mostrar uma poltrona pra você sentar!

Imagine uma poltrona que traduz o Brasil sem cair nos clichês de samba e futebol. O jacarandá encontra almofadas fofas que te abraçam como se fossem feitas pra você. Mas não se engane achando que é só mais um design bonito. Ela é subversiva, ousada e, de alguma forma, atemporal – porque até hoje, ninguém conseguiu copiar a vibe que ela entrega. A Mole é o oposto do marasmo: é sentar e sentir.

Curtiu? Então, agora que tenho sua atenção, vamos começar do começo. Lá nos anos 50, Sergio Rodrigues, o papa do design brasileiro, sabia que sentar era quase um ritual. E foi com essa filosofia que ele criou a Poltrona Mole – Mole não só no nome, mas na essência, afinal, ela redefiniu o que significa relaxar. Porque sim, existe um jeito certo de fazer isso!
Serginho não estava brincando quando desenhou a Mole. Enquanto o mundo olhava pra Bauhaus e pro minimalismo sem vida, ele disse: “Não, a gente precisa de emoção, de bagunça organizada, de algo com cara de Brasil.” E é isso que a Mole entrega. Ela é a antítese da chatice reta e previsível. É a manifestação do caos confortável, como um domingo preguiçoso que se recusa a acabar.

A peça não demorou a ser reconhecida como obra-prima. Ganhou prêmio na Itália em 1961 e desde então virou sonho de consumo de quem entende que design não é só aparência – mas experiência. Ter uma Mole é meio que assinar um contrato com o conforto sem abrir mão do estilo.
O que mais me impressiona é que a Mole ainda parece mais moderna que sua cadeira gamer comprada na última Black Friday – Quando a coisa é bem pensada e bem feita, ela fica atemporal.

Então, antes de voltar pro sofá sem graça ou pra cadeira que te faz duvidar da coluna, pensa na Poltrona Mole. Ela não tá aí pra impressionar; tá pra transformar. Sentar nunca mais será o mesmo depois de conhecer essa criação. Sergio Rodrigues te mostrou o caminho – agora só falta você parar de sobreviver e aprender a realmente sentar.
E viva o design nacional!!!

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