
Os musicais se popularizaram no final do século XIX, com os primeiros exemplos notáveis surgindo na Broadway, em Nova York, a partir da década de 1920. Obras como “Show Boat”(1927) e “Oklahoma!” (1943) marcaram o início de uma nova era, onde a música não era apenas um elemento de fundo, mas parte essencial da narrativa.
Ao longo do tempo, os musicais evoluíram, influenciando não apenas o teatro, mas também o cinema e a televisão, transformando-se em uma linguagem universal que continua encantando um grande público ao redor do mundo.
Apesar disso, os musicais ainda são rejeitados por muita gente, que acaba não vendo encanto nenhum em cima de toda essa cantoria exagerada e teatral. Para os que não apreciam o gênero, deixo a indicação de três filmes que se afastam das convenções das narrativas típicas de um musical clássico.
Dançando no escuro(2000)

Selma é uma imigrante checa, mãe solo e, além de lutar contra a perda progressiva da visão, trabalha incansavelmente em uma fábrica no interior dos Estados Unidos para pagar a cirurgia de seu filho, que herdou sua doença. Em meio a uma vida de extrema miséria, ela encontra refúgio nos musicais de Hollywood, onde se imagina vivendo histórias em que ‘nunca há finais tristes’.
Dirigido por Lars Von Trier e com uma atuação marcante de Björk, Dançando no Escuro é um musical sombrio e desesperançoso, que mistura a beleza da música com uma realidade cruel e implacável. Vale a pena ser visto.
O homem de palha(1973)

O sargento Howie viaja até uma ilha remota na Escócia para investigar o desaparecimento de uma jovem. Ao chegar, é recebido por uma comunidade que rejeita os princípios cristãos e vive segundo suas próprias regras, o recebendo com uma certa hostilidade e, ao mesmo tempo, muita música.
O Homem de Palha é um clássico do terror dos anos 70 e, na minha opinião, um dos maiores filmes da história do cinema. A música surge de forma inesperada, o que pode parecer estranho a princípio, mas a maneira como ela se entrelaça com a narrativa torna o filme um musical divertidíssimo.
Sinfonia da Necrópole(2014)

Deodato é um jovem aprendiz de coveiro desmotivado com a profissão. Sua paixão não correspondida por Jaqueline, uma colega do serviço funerário, o impede de pedir demissão, mas uma série de eventos misteriosos começa a abalar seu equilíbrio mental.
O filme brasileiro, dirigido por Juliana Rojas, é um divertido humor ácido que mistura música com horror de uma forma muito peculiar. A direção de Rojas é brilhante ao equilibrar o grotesco e o poético, explorando temas como a morte e a solidão de uma forma bem original.

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