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Vitória Basaia partiu em maio deste ano, mas seu legado artístico permanece vivo. Jornalista, artista plástica, mulher, mãe, avó e bisavó, ela deixou uma marca profunda no cenário cultural de Mato Grosso.

Na 23° Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina , Vitória foi homenageada com a exibição emocionante do curta-metragem “Basaia – Bicho Mulher”, dirigido por Tati Mendes. Com a presença de seu companheiro, familiares e da produtora do filme Carol Araújo, o público se levantou em aplausos, reconhecendo a grandiosidade de sua obra.

“Basaia – Bicho Mulher” é um curta que mergulha nos pensamentos de Vitória, explorando sua condição de mulher e sua força como artista. Entre reflexões profundas, o filme revela as complexidades de ser uma figura feminina em um mundo que muitas vezes oprime.

“A opressão é ser mulher”

Ao crescer em uma sociedade onde a Barbie representava o padrão de beleza, Vitória rebelou-se criando suas próprias bonecas. Essas figuras, barbarizadas, eram desproporcionais, mais livres, algumas com ou sem cabeça, eram moldadas de acordo com os sentimentos e intuições de Vitória. Suas bonecas refletiam a rejeição dos estereótipos, propondo novas formas de ser.

Além de suas esculturas, o desenho e a escrita também foram parte essencial de sua trajetória. “Basaia – Bicho Mulher” vai além de apresentar as obras de Vitória, o curta oferece um mergulho em sua mente e corpo, revelando como sua liberdade de expressão e sua vontade de se comunicar eram ligadas.

Para entender ainda mais a complexidade de Vitória Basaia, o curta-metragem “Uterus Mundus”, dirigido por Marithê Azevedo, é essencial. Esse documentário explora a poética de Vitória, guiado pela ideia de Uterus Mundus.

O filme expressa dois dos principais traços de seu trabalho: a tematização do feminino (uterus) e a criação de uma cosmogonia (mundus). A casa de Vitória, que também se transformou em uma obra de arte, traz em cada espaço a intervenção da artista, mostrando como seu processo criativo permeava todos os aspectos de sua vida.

Para assistir e contemplar Vitória como ela era e é presente em suas obras, você pode conferir nos links abaixo: Basaia – Bicho Mulher e Uterus Mundus