Influenciadores pretos de beleza usam espaço das redes sociais para demonstrar que as empresas ainda têm um longo caminho a percorrer para tornarem seus produtos inclusivos

(foto: reprodução)

Para além das dicas de como se maquiar e conteúdos fashionistas, comunicadores como Golloria George e Tássio Santos, consolidam sua presença nas redes ao testarem e produzirem uma espécie de fórum para os produtos que são vendidos como para todas as peles, ou ainda, específicos para a pele preta. Apesar dos milhões de seguidores que diariamente consomem conteúdos deste tipo, as grandes marcas de beleza continuam a comercializar mercadorias que não cumprem o prometido em seu rótulo.

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Vale ressaltar que não basta apenas uma gama alta de tons para o produto ser considerado inclusivo, afinal de nada adianta 40 cores de base com o mesmo subtom acinzentado. A performance daquilo que é colocado à venda nas lojas deve ser exemplar também na pele preta, como exemplificam Golloria e Tássio ao testarem blushes, protetores solares, iluminadores e outros.

Apesar do ativismo na área, as principais marcas de beleza do mercado continuam a classificar seus produtos como “universais”, “invisíveis” e “para todos os tipos de pele”, quando, na prática, o resultado não chega nem perto de alcançar o prometido. Giorgio Armani, Charlotte Tilbury e YSL são referências testadas por Golloria que não funcionaram em sua pele retinta.

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“Para nós, foi naturalizada uma relação de exclusão com os cosméticos”, escreve Tássio em uma publicação sobre seu livro Tem Minha Cor?. Ainda que trabalhos como o dele contribuam para a mudança no mundo da beleza, a indústria ainda precisam retirar os tampões dos olhos e ouvidos e compreender as necessidades da comunidade preta quando se fala em produtos funcionais para seu tipo de pele. Um adjetivo em um rótulo não é suficiente para equiparar anos de exclusão quando a performance do produto a mantém.

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