Ultimamente, muita gente tem comparado o psyllium ao Ozempic, chamando-o até de “versão natural” do famoso medicamento. A ideia é tentadora: uma fibra natural que promete controlar o apetite, melhorar a digestão e contribuir para a perda de peso, sem necessidade de receita médica ou efeitos colaterais intensos.

Mas, como toda solução que parece perfeita demais, o psyllium também tem suas consequências — e elas merecem ser destacadas.

(Reprodução: Getty Images)

Para começar, o psyllium é extremamente dependente de hidratação.
Diferente do Ozempic, que atua diretamente no sistema hormonal, o psyllium precisa de bastante água para funcionar bem. Sem água suficiente, o que era para ser uma ajuda digestiva pode se transformar em um problema. A fibra pode endurecer no intestino, causando exatamente o oposto do efeito desejado: prisão de ventre.

Portanto, ao contrário do que sugerem as comparações, não dá para simplesmente tomá-lo e esperar milagres sem prestar atenção aos detalhes. Ao entrar com tudo nessa ideia de “Ozempic natural”, muita gente se esquece de que uma mudança súbita na dieta, mesmo para algo teoricamente benéfico, pode não ser assim tão confortável…

No fim das contas, o psyllium pode ser uma boa ajuda para quem busca controlar o apetite e melhorar a saúde digestiva, mas não é uma pílula mágica!

— Nem uma fibra mágica, por assim dizer.

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