A velocidade do tempo contemporâneo parece não permitir um sopro sequer, ainda mais quando o assunto é moda no mês de setembro. A temporada de Verão/Primavera 25 segue em alta velocidade, e agora os holofotes se viram para a capital mundial do século passado: Londres. Mas aqui, permitiremos não estar em sincronia com o tempo real e recapitular os 5 melhores desfiles da temporada até o momento.
Sim, expressões como melhor e pior são adjetivos que carregam, sem vergonha alguma, a subjetividade de quem os fala e disso não abriremos mão. Mas consideramos aqui alguns critérios de análise para compor esse top 5, são eles: qualidade das técnicas aplicadas aos tecidos, impacto da coleção e desfile e styling.
5. Escapismo romântico da Rotate

Crédito: copenhagenfashionweek.com
O desfile aconteceu no Jardim da livraria Real da Dinamarca e sem dúvida cheirou a realeza. A Rotate conseguiu transformar pesadelos fashion da década passada, como o Balonê, em peças de desejo.

Crédito: copenhagenfashionweek.com
A paleta focou no rosa, amarelo, branco e tons pasteis que vibravam à espera do verão europeu. Os cortes uniram modernidade com elementos históricos, como enxertos no quadril e cós envesado, comuns na moda do séc xviii e xix. Perfeito para brunch´s superfaturados até casamentos diurnos.
4. O verdadeiro Old Money, Ralph Lauren

Crédito: jtdapperfashionweek.com
Por mais que as redes sociais tenham saturado o termo “old money” e distorcido seu significado, encarado apenas como estética que usa peças clássicas, em tons neutros e cortes chatos.
Não se vira old money; ou você é um herdeiro geracional que pode dar um desfile no Hamptons com Naomi Campbell e Christy, 2 das 5 maiores supermodelos na sua passarela; estar entre os convidados, como a primeira dama americana, Jill Biden; ou você não é, simples assim.

Crédito: jtdapperfashionweek.com
Além dos códigos tradicionais da marca, como ternos em corte e alfaiataria em seu prime, quem também apareceu com força foi o brilho, lantejoulas e o toque final ficou por conta das referências aos anos 1920, sobretudo nos acessórios, como cintos e headpieces; tudo muito americano; tudo muito clássico, tudo muito Ralph Lauren.




Crédito: jtdapperfashionweek.com
3. A Inspiração inesperada de Sandy Liang

Crédito: divulgação
Se você foi uma garota nos anos 2000 e cresceu vendo TV Globinho antes do almoço, a última coleção de Sandy Liang foi, provavelmente, um momento emocional. A coleção, que se inspirou na animação “As 3 espiãs demais” foi um deleite para nossa criança interior.

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O rosa, azul e verde, combinados a tons neutros como cinza e creme, coloriram o desfile, fugindo de referências óbvias e infantilizadas. Foi como se Sam, Clover e Alex tivessem sido teletransportadas para o ano de 2024 depois de um banho de lojas em cetim, babados e looks colegiais perfeitamente ajustados, prontas para a próxima missão.
2. Rainhas más a lá Couture em Wiederhoeft

Crédito: Wiederhoeft via instagram.com
Alguns desfiles chamam atenção pelo ambiente, pelas performances, pelo styling ou pela riqueza de detalhes na construção das peças. A última coleção da Wiederhoeft nos deixou obcecadas pela minuciosa junção entre todos esses elementos.

Crédito: Wiederhoeft via instagram.com
A união ímpar entre elementos modernos e históricos, como corsets e saias retas; luvas em lurex, moletons e estampas Trompe-l’œil; vestidos fluidos e arames de metal; sem falar dos momentos de bordado e pedrarias.

Crédito: Wiederhoeft via instagram.com
Os tons mesclavam entre claro e escuro e o rosa, dando uma impressão fantasiosa sobre qual seria a mulher a usar essa coleção. As inspirações poderiam ter saído do guarda-roupa de uma princesa doce e ingênua e uma rainha má em busca da beleza eterna. O resultado, assim como nos contos de fadas, foi uma história atemporal.
1.Alaïa nos deixa sem palavras

credito: Wiederhoeft via instagram
Os enormes corredores em espiral do museu Guggenheim (NY) já avisavam o movimento e a suntuosidade por vir, mas Alaia foi além. Eram as obras de arte que flutuavam com ajuda de belos cabides humanos.

credito: WWD.com
O primeiro lugar aqui reservado para ela é resultado de uma coleção que uniu simplicidade em meio à opulência das formas e reinterpretação verdadeiramente original de tendências já presentes nesta temporada, como calça e vestido, balonê, transparência e trabalhos artesanais.

O jogo complexo entre as oposições. Cortes simples e estruturas exageradas que podem se manter em pé sozinhas; texturas e acessórios no volume mais alto eram abafados pela delicadeza dos detalhes, pela transparência dos tecidos. E a construção da coleção se unia na parte e no todo, sussurrando a elegância que gritava entre espirais brancas do museu.

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