Finalmente ele! “Nerve – Um Jogo Sem Regras” é um filme de suspense lançado em 2016, dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost. A trama gira em torno de Vee DeMarco (a querida Emma Roberts), uma estudante prestes a sair do ensino médio e sonhando em ir para a faculdade.

Após uma discussão com sua amiga Sydney, que é popular onde estuda juntamente com a protagonista, Vee decide provar que tem atitude e se inscreve no Nerve, um jogo online bem interessante.
O conceito central do jogo é: o Nerve é dividido entre observadores e jogadores. Os observadores decidem as tarefas a serem realizadas, enquanto os jogadores as executam. De cara em seu primeiro desafio, Vee conhece Ian (o estimado Dave Franco), um jogador com um passado obscuro. Juntos, eles caem nas graças dos observadores, que enviam cada vez mais tarefas para o casal em potencial. O meio de pensamento por trás do jogo é muito bem estruturado: imagine um mundo onde todos observam e são observados a todo momento, onde as pessoas têm o poder de decidir a vida dos outros. O Nerve explora essa dinâmica, criando uma economia auto sustentável, onde muitos mandam e pagam, enquanto poucos realizam e recebem bem.
O filme traz consigo uma pegada contemporânea, não apenas pelas cores vibrantes do gráfico e looks chamativos como o vestido verde em que Vee é desafiada a roubar (algum anjo para dizer a marca?). Mas também a forma como é tratada a relação dos jogadores do jogo com as redes sociais. Portanto, após essa introdução despretensiosa e “publi” completamente gratuita, (Emma e Dave, por favor discutir cachê com o Editor-chefe) a TAG a partir de agora assume o papel de tentar lhe convencer de que o cenário abordado no filme não é tão distante da realidade atual.

O filme por si só promete ser muito mais que uma aventura juvenil. O público deve refletir sobre a sua relação com a tecnologia, os limites para se conseguir likes e seguidores nas mídias sociais e outras várias questões de privacidade na internet. Algo semelhante com o seriado “Black Mirror”, disponível no Netflix. Vem aí uma leve crítica à sociedade do Pokémon GO (com todo o respeito).
Apesar de se ter a expectativa de que fosse abordado de forma “endemonizada” e menos realista, o jogo em questão parece bem plausível nos dias atuais. Por ser uma plataforma onde as pessoas colocam sua identidade em risco, em troca de fama e dinheiro nas redes sociais. Há quem concorde com o fato de que seria indiscutível o sucesso que esse app faria se o mesmo acabasse chegando ao mercado de games; considerando a gama de opções de aplicativos que promovem o contato tanto virtual quanto presencial que temos no mercado atualmente, como o Tinder, Uber e Pokémon GO. Talvez seria mais uma proposta inocente, que “conciliaria” vida social no mundo online e presencial e que deixaria os usuários online desafiarem os jogadores a fazerem coisas como “sair para visitar determinado lugar”, “beijar um estranho por 5 segundos”.
Sendo sinceros, pondo desta maneira, não parece emocionante?
A TAG comprova essa emoção dizendo que “Nerve – Um jogo sem regras” é um filme onde você compartilha dos mesmos sentimentos da protagonista com relação ao jogo. No começo você não sente nada senão desconfiança. Durante, se depara com os sentimentos de realização e ambição proporcionados pelo jogo e suas propostas. No início do fim… um sentimento de medo, angústia e prisão, por ter sua identidade roubada. E no final, a sensação de alívio e ansiedade, por sair ileso depois de tudo o que aconteceu.

Em uma entrevista, dada logo após o lançamento do filme, Emma Roberts e Dave Franco refletem sobre a veracidade do cenário no jogo; chegando a se perguntarem “não é mesmo real?” e apontando o quão assustador é ter algo tão perigoso e tão próximo da realidade contemporânea; pois, a qualquer momento alguém com boas ou más intenções poderia criar um jogo com um sistema tão “bom”, eficaz e arisco quanto Nerve; onde depois de popularizado entre os mais corajosos, seria extremamente difícil de deter (vaso ruim não quebra né).
Bom, definitivamente a equipe da TheAvantGarde se abstém dessa aventura, sorry “Watchers”.
Porém, e você? Jogaria Nerve?

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